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Nos propomos a formatar o mercado local de crossover de música preta para um desenvolvimento sustentável, integrado à sonoridade afro ancestral, produzindo obras icônicas de 7 artistas pretos capixabas, prospectados por seu potencial inovador para o mercado, que conciliem a energia vital de cada artista com a lógica do mercado, valorizando os processos artesanais inerentes ao fazer musical.
Descrição
O objetivo geral de nossa proposta é formatar o mercado local de crossover de música preta para um desenvolvimento sustentável e integrado à ancestralidade sonora africana a partir da promoção do trabalho de 7 artistas pretos da Grande Vitória.Entendemos que existe uma demanda crescente no mercado local por música preta, ocupada principalmente pelo samba e pelo rap. Os artistas envolvidos no projeto desenvolvem diferentes vertentes da música preta que representam lacunas na oferta contemporânea de música local para consumo do público capixaba. Os músicos foram prospectados pelo potencial da energia vital de suas produções para glocalização da música preta capixaba, potencial que também envolve contextualizações da afetividade negra em leituras urbanas e cotidianas e tem como pano de fundo o reempoderamento das pessoas pretas de sua própria música. Nossa perspectiva de trabalho é um processo personalizado de capacitação e direção desses artistas e produção de uma obra icônica para ampla divulgação, considerando uma musica e um videoclipe correspondente para cada um. Nossos artistas são
+ Fabriccio, músico multinstrumentista, compositor e DJ que parte do princípio do R&B e Plug, produz versões sintetizadas e eletrônicas de música preta, de alguma forma similares à obra de Anderson Pak. Shimu, nosso produtor musical, carinhosamente o apelidou de Djavix, um Djavan capixaba, por suas composições lúdicas, suaves e próprias, e pela firmeza e interpretação de sua dicção [link]
+ PTK, uma promessa descoberta em batalhas de freestyle, que tem produzido em nosso estúdio uma música que lembra The Roots e Curumin, com uma pegada que incorpora soul, rap e jazz [link]
+ Budah, compositora e rapper vem da vertente do rap jazz, com ânsia de trabalhar sons minimalistas, menos digitais e mais orgânicos (pianos jazzisticos), Sérgio Mendes e João Nogueira, Lauryn Hill, SZA e Jade Smith. Shimu criativamente a apelidou IAM DDVix, em referência à cantora, rapper e produtora preta britânica [link]
+ Xavin, além de ótimo compositor, é um gaitista aficcionado por blues que explora referências mais groove, mais soul. Como guitarrista se inspira em Djavan e The Internet [link]
+ Duarte, bixa preta cantora, historiadora e radialista, Shimu o identifica como uma Liniker capixaba por sua pegada soul e MPB [link]
+ Cortex, violonista clássico aficcionado em música latina e brasileira, que tem como referências desde Yamandú Costa a Django Reinhardt [link]
+ Venus Maresia, a voz peculiar visceral com a sensibilidade de Bebel Gilberto e Paula Lima, peculiaridade vocais femininos década 70 e 80 [link]
O caráter sustentável e inclusivo do projeto emana da proposta essencialmente preta, quando pensamos em valores civilizatórios. Desenvolveremos planos de trabalho personalizados junto com cada artista partindo dos objetivos que reconhecermos viáveis dentro da lógica de mercado e dos princípios de autogestão e da partilha de conhecimentos. Tomaremos como referência primária de cada artista sua própria energia vital, da qual deve emanar a corporeidade de sua produção, que codificaremos em metas estruturadas em rotinas e relações de trabalho, desde o registro das obras musicais e construção de sua marca à presença estratégica em mídias e eventos. Buscaremos prospectar a que redes cada um pode se associar a partir de suas próprias experiências e expectativas latentes, numa perspectiva de redes locais e sustentáveis de economia criativa.
