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relatório de realização do projeto e suas etapas.
Descrição
IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE Nome: João Oliveira de Paiva NetoANEXO VII – RELATÓRIO DETALHADO DE EXECUÇÃO DO PROJETO RELATÓRIO FINAL:
Edital nº 03/2018:
PROJETOS DE VALORIZAÇÃO DA CULTURA HIP-HOP
IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE
Nome: JOÃO OLIVEIRA DE PAIVA NETO
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título: Vai Vendo - Série “Hip Hop no ES”
LOCAL DE REALIZAÇÃO DO PROJETO : O projeto “Hip Hop no ES”
é uma série de entrevistas inteiramente gravadas na Grande Vitória, em locações variadas, e disponibilizadas na internet. Sendo os endereços dos locais de filmagem os seguintes:
Episódio 1 - DJ: - Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES, UFES (Rádio Universitária)
Episódio 2 - Break: - Rua Bernardino Monteiro, 170, Centro, Vitória (Cenário tradicional do canal Vai Vendo)
Episódios 3 e 4 - MC e Grafite: - R. Gertrúdes, 94 - Vila Bethania, Viana (Estúdio Rew)
Episódio 5 - Conhecimento - Rua Barão de Monjardim, 317 (Casa da Barão)
PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO: Setembro de 2018 até outubro de 2019
DETALHAMENTO DAS AÇÕES DO PROJETO
O objetivo do Projeto “Vai vendo - Hip Hop no Espírito Santo” é fazer um registro da cena e da história da cultura Hip Hop no estado, entrevistando pessoas que fizeram e ainda fazem parte das transformações da cultura. Para isso, o cronograma de ações incluiu pesquisa prévia, preparo de pautas e temas e foram convidados realizadores reconhecidos para as entrevistas sobre cada elemento.
Outubro 2018
- Recebimento dos recurso e assinatura dos documentos
- Reunião de produção
- Análise do conteúdo do canal
Novembro e Dezembro 2018
- Pesquisa da cultura Hip Hop do ES *surgimento da cena, principais nomes, locais importantes
- Upload e divulgação de vídeos complementares para o canal
Janeiro e Fevereiro 2019
- Seleção de Entrevistados
- Reunião de produção
- Contato inicial com entrevistados
Março 2019
- Consulta com Sagaz (militante tradicional e histórico da Cultura Hip Hop) para pensar temas abordados nas entrevistas e visita de locação à “Casa da Barão”
- Postagem de vídeos complementares no canal
- Reunião com equipe de Design
Abril 2019
- Pré-entrevista para programa 1 (DJ)
- Pré-entrevista para programa 5 (Conhecimento) - Contato com possíveis locações
Maio 2019
- Escolha das locações
- Contato com novos entrevistados
- Planejamento de gravação
- Postagem de vídeos complementares no canal
Junho 2019
- Gravação do Episódio 1 (DJ)
- Gravação do Episódio 5 (Conhecimento)
- Pré-entrevistas para os programas 2,3 e 4
Julho 2019
- Gravação do Episódio 2 (Break)
- Gravação do episódio 3 (MC)
- Edição dos episódios 1 e 5
Agosto 2019
- Gravação do episódio 4 (Grafite)
- Edição dos programas 2, 3 e 4
- Criação de imagens para capa
- Criação de imagens e vídeos para divulgação online
Setembro 2019
- Postagem dos episódios 1, 2 e 3 no canal Vai Vendo no youtube
- Divulgação online
Outubro 2019
- Postagem dos episódios 4 e 5 no canal “Vai Vendo” no youtube
- Divulgação Online
- Elaboração de relatório final
AVALIAÇÃO DO PROJETO
Informe se foi realizada avaliação do projeto pelos participantes ou pela equipe responsável. Quais os aspectos levantados na avaliação.
O canal “Vai Vendo” existe no youtube desde 2017 e foi contemplado no edital “Juventude Vlogueira” no Minc (Ministério da Cultura) no mesmo ano. O vlog aborda temas relativos ao hip hop e cultura de rua. Para o edital “Valorização da cultura Hip Hop”, promovido pela Secult - ES, a proposta foi focar no hip hop capixaba e em seu histórico.
Uma das preocupações da equipe para essa série de entrevistas foi chamar pessoas que realmente fizeram parte da chegada da cultura Hip Hop no estado e ainda fazem parte, colaborando para a sua existência e renovação. Outro critério adotado foi a predileção por pessoas que tem sua principal fonte de renda vinda da cultura Hip Hop. Seja praticando algum dos elementos, organizando eventos ou em atividades transversais à cultura como educação e pesquisa acadêmica.
Quando começamos as pesquisas, também sentimos a necessidade de postar outros vídeos do canal, para manter a atividade e a quantidade de visualizações, assim fazendo com que os vídeos da série tivessem um alcance maior. Por este motivo, incluímos no cronograma a gravação e postagens de outros vídeos (mais simples, sem entrevistadas, no formato mais tradicional de vlog) antes dos vídeos especiais.
Uma das grandes dificuldades na realização do projeto foi a agenda dos entrevistados. Como muitas das pessoas que trabalham com arte e cultura, a maioria dos entrevistados trabalha por conta própria. Assim, muitas vezes recebiam propostas de trabalho ou lidavam com imprevistos profissionais em cima da hora, fazendo com que algumas entrevistas fossem adiadas. Também tivemos que conciliar as datas de filmagem com as agendas de entrevistados e equipe, o que acabou causando atrasos na produção.
Escolhemos manter o modelo e os dois entrevistados apesar das dificuldades porque acreditamos no potencial desses registros além das visualizações espontâneas que os vídeos possam gerar. Eles permanecem como registro e poderão ser exibidos em mostras, apresentações e encontros de hip hop futuramente. Além disso, o conhecimento dos entrevistados foi de extrema importância para que o conteúdo fosse relevante e interessante.
O primeiro episódio teve a presença dos DJs L Brau e Chris Helv e foi realizado na Rádio Universitária, local onde o DJ L Brau comanda o programa “Universo Hip Hop” há mais de 15 anos. Achamos interessante registrar esse ambiente pois é de suma importância para o Hip Hop capixaba. As colocações históricas de L Brau na entrevista se complementam com a visão contemporânea e recente de Chris Helv sobre a atividade.
O segundo episódio, sobre “Breaking”, teve participação de Bboy Chapolin e a Bgirl Dani. A gravação aconteceu no cenário tradicional do canal. Essa escolha se tornou mais viável devido a agenda dos entrevistados, que não estavam disponíveis em horário comercial, inviabilizando as outras locações.
No vídeo sobre “MC’s”, entrevistamos Jack da Rua e Afari Mc. Eles foram escolhidos pois, além de atuarem como rappers, são educadores sociais e Mestres de cerimônia (apresentadores de Batalhas de Rima). Acreditamos que o episódio cumpriu a importante função de passar toda a dimensão do que é ser um MC, ainda mais num momento em que o rap está tão em alta, e muitas vezes descolado de suas raízes. Este vídeo foi gravado do Estúdio Rew, em Viana. O local foi escolhido por facilitar a gravação do áudio, já que é um estúdio musical, além reforçar a dimensão fonográfica do rap e estreitar a parceria com os administradores do estúdio, que tem se aproximado da cena e feito alguns trabalhos com a equipe do canal.
No quarto episódio, sobre Grafite, entrevistamos Ficore - artista urbano, músico e membro ativo do movimento Hip Hop- e Keka - artista plástica e urbana e uma das fundadoras do festival de Hip Hop Origraffes. Ambos colocaram perspectivas transversais de atuações dentro da cultura Hip Hop, relacionando a prática dos seus elementos com a organização de eventos e participação na cultura como um todo. O sucesso do episódio anterior fez com que repetíssemos a parceria com o estúdio Rew para a locação.
A princípio, prevíamos fazer quatro episódios, um sobre cada elemento da cultura hip hop (dj, breaking, mc e grafite). Porém, já nas primeiras conversas e reuniões de produção, identificamos a necessidade de incluir um episódio sobre o conhecimento. Muitos já consideram esse como “o quinto elemento” do Hip Hop, por ser a força motriz que conecta todos os outros. Ele simboliza o conhecimento sobre a própria cultura e sua história, para que os praticantes de cada elemento não se esqueçam de suas origens.
A proposta deste episódio é expor o ínicio da cultura aqui no estado. Colocando, assim, perspectiva histórica em relação à situação atual da cena. Foram convidados Edson Sagaz e Pandora da Luz, ambos membros da Banca Bicho Solto e organizadores de diversos eventos de rap no estado em seus mais de vinte anos de militância. A entrevista foi realizada na Casa da Barão, casa cultural organizada por Sagaz e de extrema relevância para a cultura Hip Hop capixaba.
Cada entrevista gerou cerca de uma hora de material filmado, com muito conteúdo relevante. Assim, os produtos finais dos episódios ficaram um pouco maiores que o previsto, variando entre 16 e 19 minutos.
Acreditamos que o acréscimo no tempo previsto soma aos objetivos do projeto, uma vez que os novos formatos de vídeos de sucesso no youtube (como canais pessoais, reacts ou análises) têm uma tendência a durar entre 15 e 25 minutos. Além disso, o aumento no tempo permitiu aprofundar melhor as questões e aspectos de cada entrevista e aproveitar o vasto material gerado pelas conversas. Por terem sido realizados 5 vídeos e não 4, como foi proposto no projeto, também por termos conseguido algumas parcerias, que reduziram os custos de produção, alguns valores inicialmente previstos na planilha de custos foram realocados para remunerar a equipe e também os entrevistados complementares, bem como as pessoas que participaram da gravação do quinto programa e a locação utilizada.
Decidimos publicar os vídeos nos meses de setembro e outubro, todos em sequência, pois avaliamos a recepção do canal e constatamos que quanto menor o tempo entre uma postagem e outra, maiores eram as visualizações orgânicas dos vídeos. Além disso, um vídeo impulsiona as visualizações do outro, uma vez que se trata de uma série de mesma temática e isso é ressaltado diversas vezes na apresentação dos 5 episódios.
O projeto foi muito produtivo para a equipe, uma vez que reafirmamos parcerias e tivemos contato com muitas pessoas importantes para a cena do Hip Hop. Em virtude dos encontros gerados por este projeto, realizamos diversos outros vídeos para o canal (por exemplo, “rap a força da fala” e “livros sobre Hip hop”) nos quais abordamos outros assuntos, levantados durante as entrevistas. Além disso, tivemos a oportunidade de experimentar mais com a filmagem e edição dos episódios e aprofundar nossos conhecimentos sobre hip hop e a realização audiovisual em si.
EQUIPE DO PROJETO
Relacione os principais envolvidos na execução do projeto e cite as funções desempenhadas. Utilize quantas linhas precisar.
João Oliveira Paiva Neto Direção, fotografia e edição
Juane Vaillant (Juane V. Miranda) Direção, produção e entrevistas
Iago Amaral Torezani Legendas e som direto
Rayza Mucunã Design, artes gráficas
Vitória, 20 de outubro de 2019
